A conferência sobre Água, Biodiversidade e Cultura marcou na noite de ontem em Alta Floresta, a abertura das discussões da 3ª edição do Festival Ecológico e Cultural das Águas de Mato Grosso. Voltado para Águas da Amazônia o Festival reúne durante três dias, gestores públicos, estudiosos, pesquisadores e representantes de organizações não governamentais e comunidade local num fórum de debates sobre a conservação do meio ambiente e dos recursos hídricos de Mato Grosso e sobre a valorização da cultura regional.
Ministrada pela professora da Unemat, Carolina Joana da Silva e pelo Secretário de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Gilney Viana a conferência reuniu a apresentação do Programa ABC de Mato Grosso que integra, entre outras ações, a realização do Festival das Águas. O programa desenvolvido pela Unemat tem como objetivo fortalecer e integrar as ações da Instituição em todo estado no âmbito do ensino, pesquisa e extensão destacando a relação entre Água, Biodiversidade e Cultura.
Carolina Joana, doutora em Ecologia e coordenadora do Programa, lembra que as discussões sobre água não podem ser feitas isoladamente é preciso estudos e reflexões sobre tudo o que se relaciona com ela. Nesse sentido ela aponta a importância da participação e respeito às comunidades tradicionais e grupos culturais em qualquer ação que vise a conservação dos recursos naturais e da vida.
Segundo ela, a realização do festival reflete a postura da Unemat em estar aberta para responder as necessidades da população no sentido de pensar a melhor forma de dirigir a educação para que as pessoas tenham mais poder de participação.
“Quando a Unemat vem a praça para trazer essas discussões sobre água, mostra estar aberta, no sentido de pensar de que forma dirigir a educação para que as pessoas tenham mais poder de participar, de cuidar do destino de nossas águas e de nossos destinos” afirma
Gestão ambiental
O impacto ambiental causado pelo desmatamento e as políticas governamentais para o eixo da BR 163 foram os principais temas enfocados pelo secretário de Desenvolvimento Sustentável Gilney Viana. Ele defendeu mudanças na forma de economia para Amazônia com base na gestão ambiental e desenvolvimento sustentável. Afirmando que é prioridade para o governo a implantação de políticas públicas para o eixo da BR 163 que será segundo ele, determinante para a sustentabilidade da Amazônia.
Sobre as denúncias de irregularidades nos órgãos ambientais Gilney destaca a postura do Ministério em repúdio a essas ações. “Não vamos aceitar o saque das florestas, das terras públicas e das águas”, afirma o secretário, conclamando a população para ser agente de transformação da realidade da Amazônia onde a curva de desmatamento e queimadas é ascendente.
Após a conferência foi aberta oficialmente uma feira solidária, com artesanatos, comidas e bebidas regionais e produtos orgânicos.
No palco central do evento, o público prestigiou as apresentações culturais com grupos regionais do cerrado, Amazônia e pantanal tendo a participação do músico regional Gabriel Navarro.
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